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terça-feira, 5 de julho de 2011

Férias vão pesar mais no bolso dos pais neste ano


Tanto as viagens como as guloseimas das crianças aumentaram mais do que a inflação
Marcel Gugoni, do R7

As férias escolares chegaram, e com elas as viagens, as idas ao parque, os almoços em família e as guloseimas. Tudo isso está mais caro neste ano e vai pesar mais no bolso dos pais do que em 2010, como mostra uma pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) com os produtos e serviços mais procurados nesta época do ano.

No caso das famílias que viajarão nas férias, o que mais será sentido no orçamento são os gastos com voos e hospedagem. A passagem aérea aumentou 13,71% no período de julho do ano passado a junho deste ano. É como se a família que gastou R$ 500 com os bilhetes nas férias de 2010 gastasse, hoje, R$ 568,55.

Esse número é mais do que o dobro da inflação. O índice IPC (Índice de Preços ao Consumidor) desses 12 meses ficou em 6,40%, segundo o economista André Braz, responsável pelo levantamento.

A hospedagem (12,83%) também subiu mais do que o dobro do aumento do custo de vida. Imagine uma semana em um hotel que saía por R$ 1.000 no ano passado – neste ano sairia por R$ 1.128.

As refeições fora de casa ficaram 9,42% mais caras. O clube aumentou as tarifas em 10,75%. Os lanches (desde os fast-foods até os passeios em outras lanchonetes) subiram 9,25%.

Ele afirma que todos esses serviços superaram o aumento da inflação no período.

- O setor de serviços está puxando a inflação, principalmente por causa do ciclo de alta do salário mínimo e da melhora do mercado de trabalho. Então vemos que as refeições em restaurantes, as passagens aéreas e o hotel estão bem mais caros.

Quem ficar em casa também não vai escapar dos preços maiores. Os vilões, com certeza, estarão na despensa e na geladeira: dos 11 tipos de guloseimas pesquisados pelo economista, todas ficaram mais caras nos últimos 12 meses.

O bolo pronto é o campeão: o aumento de preços visto nas prateleiras dos mercados foi de 15,2% - também mais do que o dobro da inflação. É como se o doce que custava R$ 5, no ano passado, agora valesse R$ 5,76.

O preço da batata frita ficou 11,46% maior; o da salsicha, 10,27%; o dos biscoitos, 9,38%; o do achocolatado, 7,65%; o do milho, 7,58%; e o do sorvete, 6,81%.

- Esses produtos, apesar de não serem essenciais, isto é, fazer parte da cesta básica, são muito procurados pelas crianças. O que queremos mostrar é que há possibilidade de os gastos das férias sere maiores do que no ano passado. O consumidor um pouco mais atento percebe esses aumentos.

Economia nas férias

Como as férias não costumam ser uma boa época para economizar, é bom que haja um planejamento financeiro que suporte esses aumentos. Para Braz, vale guardar uma grana antes das férias para poder ter esse dinheiro na mão e aproveitar.

- As férias são eventos previsíveis, então é bom providenciar esse orçamento antes de o mês chegar. No caso de passagens aéreas, comprar com antecedência é o melhor negócio. Quem vai ficar em casa, vale montar um pequeno estoque e buscar promoções de bolos e doces. Para os passeios, há várias opções gratuitas como parques, praias e praças.

Para o instrutor de finanças pessoais do MoneyFit Antonio de Julio, pior do que querer não gastar é passar vontade. A principal armadilha a ser combatida são os pequenos gastos do passeio.

- Quando vai para a praia, por exemplo, a pessoa só quer descansar, não vai ficar fazendo comida. Então come fora. Aí a família se empolga e compra lembrancinhas e outras coisas que, somadas, estouram o bolso.


Fonte: Portal R7

Disponível Quiz e mais.


Por Espaço E.D

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