Economia Doméstica

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nova medida para facilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais aos provadores das lojas





terça-feira, 26 de junho, 2012 por Jose Rangel às 2:43 pm 

No início do mês de junho deste ano, foi aprovada uma medida para facilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais aos provadores de estabelecimentos comerciais.
O assunto é tratado no Projeto de Lei Ordinário nº 738/2012. No texto da lei está previsto o seguinte:
- Os shoppings centers e hipermercados devem adaptar espaços para atender com segurança pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida;
- Placas e cartazes deverão ser colocados em locais visíveis, informando os objetivos da iniciativa.
De acordo com o texto da lei, o PROCON será o órgão responsável pela fiscalização do cumprimento da norma, no caso de aprovação da mesma.
As punições aos estabelecimentos que desrespeitarem a lei são: multas, notificações e advertências.
Trata-se de mais uma medida para melhorar a acessibilidade em nosso Estado. Excelente iniciativa!


Por Espaço ED

Abertas as inscrições para cursos de férias gratuitos do Espaço Ciência


Publicação: 18/06/2012 13:15 Atualização:

Estão abertas as inscrições gratuitas para os cursos de férias nas áreas de química, matemática, biologia, física e astronomia do Espaço Ciência. Professores e estudantes de Ensino Fundamental II ou Médio da rede pública têm até o dia 30 de junho para garantir uma vaga.

Estão sendo oferecidas 240 oportunidades, sendo 80 para professores da rede pública de ensino Estadual ou Municipal em atividade e 160 para alunos. Cada um dos oito cursos conta com 10 vagas para professores e 20 para estudantes.

Para se inscrever, é preciso se cadastrar no site da Rede Nacional de Educação e Ciência www.educacaoeciencia.net.br. Os cursos acontecerão de 09 a 13 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os cursistas receberão ajuda de custo e certificado de conclusão.

Os cursos oferecidos são: Física e Astronomia para todos; O que Ricardo Ferreira disse para sua cozinheira; Brincando com a matemática; Aprendendo química na cozinha; A casa é um laboratório científico?; Nós, a plantas e os bichos, Química também se faz na cozinha, Para que servem os números?. As atividades serão realizadas nos laboratórios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campi Recife e Caruaru, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Espaço Ciência.
 

A lista dos selecionados será divulgada no site www.educacaoeciencia.net.br até o dia 03 de julho.Os Cursos de Férias fazem parte da Rede Nacional de Educação e Ciência: Novos Talentos da Rede Pública. O programa envolve 19 universidades públicas brasileiras pela melhoria das condições de ensino de ciências a jovens carentes e por novos caminhos para um ensino eficiente, desenvolvendo metodologias que facilitam o aprendizado e desmistificam a Ciência.



Por Espaço E.D

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Hortas para pequenos espaços com Garrafas PET



Ideal para apartamentos ou casas pequenas, as hortas na parede são charmosas e sustentáveis.  


É possível ter temperos sempre à mão em casa, ainda que você não disponha de muito espaço ou de recursos financeiros. A idéia desse projeto partiu de Marcelo Rosenbaum, que a executou em uma das edições do quadro "Lar, doce lar", exibido no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo.

A garrafa PET é um invento que deu certo em termos econômicos, mas vem sendo uma dor de cabeça quando pensamos na enorme degradação do Meio Ambiente causada por ela.

Buscar alternativas para sua reutilização tem sido um esforço da sociedade em diversos lugares do Brasil, como já constatei nas minhas andanças pelo país.

O que você vai precisar:

- Garrafas PET de 2 litros (já vazias e limpas)

- Tesoura com ponta

- Corda para varal, barbante ou arame

- Terra adubada

- Muda de planta à sua escolha

- Parafusos com ganchos e bucha n°8

- Furadeira


COMO FAZER:
Faça uma horta de parede com garrafas PET
Faça uma horta de parede com garrafas PET

- Com a tesoura, faça uma abertura no meio da garrafa, deixando mais ou menos 15 cm de sobra de cada extremidade. Com a ajuda de um prego, faça 2 furos de cada lado da garrafa, para passar a corda que vai sustentar a floreira na parede.

- Passe a corda de varal, barbante ou arame pelos furos, fixando embaixo com nós bem presos, ou arruelas de metal. Coloque a terra e a muda de planta dentro da garrafa PET e depois pendure na parede, fazendo um furo e fixando o parafuso com o ganchinho. Lembre-se de fazer furinhos na parte de baixo da garrafa para escoar a água das regas.





Por Espaço ED

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Consumo responsável e saudável de alimentos: desafio para as mulheres


15 Mai 2012 - Por Lisa Gunn e Adriana Charoux

Os sistemas atuais de produção e consumo de alimentos são marcados pela produção em larga escala e o consumo de massa. Eles geram a exclusão de pequenos agricultores, a exploração de trabalhadores no campo,excluem os consumidores sem poder aquisitivo. Suas atividades degradam o meio ambiente tanto pelo lado da produção (monoculturas, desmatamento, contaminação, etc.) como pela comercialização (emissão de gases do efeito estufa pelo transporte de longas distâncias, sobrepreço pelo excesso de intermediários). E trazem ainda impactos negativos sobre a saúde humana (resíduos de agrotóxicos, uso indiscriminado de aditivos, alimentos nutricionalmente pobres e ricos em gordura, sal e açúcar, etc.).
Repensar este modelo de produção e consumo de alimentos passa necessariamente pelo debate sobre o papel da mulher. No caso de alimentos, as decisões de compra são das mulheres. Infelizmente, este “poder de compra” esbarra na falta de informação sobre os impactos socioambientais dos sistemas de produção de alimentos e sobre a qualidade nutricional dos alimentos industrializados, distanciando as mulheres de alternativas mais responsáveis e saudáveis de consumo.


A piora na qualidade da alimentação da população brasileira
O padrão alimentar da população brasileira, sobretudo de crianças e adolescentes, está comprometendo a saúde pública. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE, 48% da população está com sobrepeso e 15% já se classifica em estado de obesidade. “A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09),  já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%”.¹

86% da população consome mais gorduras saturadas do que o necessário e 61% se excede no consumo de açúcar. A falta de vitaminas e nutrientes atinge 68% da população. Mais de 90% dos brasileiros não ingere as 400 gramas diárias recomendadas pelo Ministério da Saúde de frutas, legumes e verduras e prefere consumir outros tipos de alimentos pouco nutritivos. Aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras graves doenças crônicas.

Mãe, compra! 
Sabe-se que os hábitos de alimentação se desenvolvem na infância, e que a probabilidade de uma criança obesa se tornar um adulto obeso é muito grande. A publicidade, especialmente voltada para crianças, enaltece estilos de vida muitas vezes totalmente insustentáveis. 

No entanto, existe amplo respaldo na legislação brasileira para que essa situação seja revertida, especialmente no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). A proteção contra publicidades 
abusivas está elencada entre os direitos básicos do consumidor (art. 6º, IV), especialmente aquelas que se aproveitam da de?ciência de julgamento e experiência da criança e que induzem o consumidor a se comportar de forma prejudicial a sua saúde (art. 37, § 2º). 

Cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelecer regulamentos específicos para controle da publicidade de alimentos. A regulamentação governamental em defesa das crianças não é novidade. Diversos países já o fizeram, como Suécia, Inglaterra, Noruega e Canadá.

Apesar de buscar coibir “práticas excessivas...”,  a ANVISA ainda não disciplina de forma apropriada o tema. A resolução está suspensa devido a diversas ações judiciais, de diferentes associações empresariais, que são contra a regulação deste tipo de publicidade 
porque tem seus interesses comerciais afetados.

Agrotóxicos
Líder mundial no consumo de agrotóxicos, o Brasil leva para a mesa alimentos de qualidade incerta, muitas vezes contaminados. Alguns agrotóxicos causam problemas neurológicos, reprodutivos, 
de desregulação hormonal, e até câncer. E apesar de serem proibidos em vários locais do mundo, como União Européia e Estados Unidos, há pressões do setor agrícola para manter esses produtos 
no Brasil. 

Grande parte dos avanços obtidos com a Lei dos Agrotóxicos (Lei nº 7.802, de julho de 1989), não tem se tornado efetivos na prevenção, fiscalização e controle dos efeitos nocivos destes produtos. Outro ponto falho apontado é a falta de sanções e punições aos que descumprem a lei.

Aproximando consumidoras urbanas da agricultura familiar agroecológica
A crítica ao sistema atual vem promovendo o fortalecimento da agricultura familiar de base ecológica, a comercialização solidária, os grupos de consumo responsável, ações de promoção da segurança alimentar e nutricional, etc. 

Os grupos de consumo responsável e as feiras de produtos orgânicos são exemplos de alternativas mais “sustentáveis”, que não se restringem a nichos de mercado para os consumidores que podem pagar mais por eles. 

Foram identincadas 140 feiras de produtos orgânicos em 22 das 27 capitais avaliadas. Estas feiras aproximam os consumidores dos pequenos produtores agroecológicos. Porém temos que ir muito além, fazendo com que espaços como estes se espalhem por todas as cidades do país.

Pesquisa do Idec² levantou os preços de sete alimentos orgânicos (repolho verde, berinjela, pimentão verde, chuchu, tomate, cebola e alface americana) em quatro capitais do país. A diferença de preço de um mesmo produto pode chegar a 463%, dependendo do canal de venda (grandes supermercados, feiras de orgânicos e entregas em domicílio). Em 100% dos casos, os preços mais baixos foram os praticados nas feiras de produtos orgânicos.

É importante incentivar a aproximação das consumidoras urbanas com as pequenas produtoras rurais por meio de políticas públicas locais de abastecimento. Queremos um maior número de feiras 
de produtos agroecológicos, assim como a formação de grupos de consumidores de produtos agroecológicos da agricultura familiar. 

O poder do consumidor 
As consumidoras podem ser atoras relevantes na luta para que as empresas reduzam os impactos socioambientais em suas cadeias produtivas e para exigir dos governos políticas públicas que estimulem o desenvolvimento de novos padrões sustentáveis de produção e consumo. Além disso, os consumidores devem ser estimulados a rever os seus hábitos de consumo e buscar alternativas para mudança. 

É preciso evitar o risco de cair em uma interpretação ingênua da realidade, como se o problema se resumisse às empresas tornarem sua produção mais limpa, ou de baixo carbono, e os consumidores se tornarem conscientes dos impactos socioambientais negativos. 

Novos paradigmas de produção e consumo implicam um novo modelo de desenvolvimento. A produção sustentável exigirá a revisão dos modelos de negócio, e não apenas o “esverdeamento” da produção.


2 - Revista do Idec, edição 142, abril de 2010.
*O artigo "Consumo responsável e saudável de alimentos: desafio para as mulheres" foi publicado originalmente no Le Monde Diplomatique. Confira a publicação na íntegra no encarte da Campanha Cresça.




Fonte: IDEC