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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Classe C impulsiona setor imobiliário, automotivo e de beleza


Por Elisa Campos, 05/10/2010


A classe C, hoje pouco mais da metade da população brasileira (100 milhões), representa ótimas oportunidades de negócio para o setor imobiliário, automotivo e de cuidados pessoais e beleza. Pesquisa do Ibope divulgada nesta terça-feira (05/10) mostra que 37% dos brasileiros da classe C planejam comprar imóvel, enquanto 9,5 milhões pretendem adquirir um carro nos próximos 12 meses. O levantamento foi realizado com 32 milhões de entrevistados entre 12 e 64 anos, em nove regiões metropolitanas e no interior do Sul e do Sudeste.

O sonho da aquisição da casa própria ficou mais próximo da classe C nos últimos anos. "O crédito imobiliário está bem mais acessível atualmente e irá crescer muito. A expectativa é que a concessão triplique nos próximos quatro anos", afirma Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia Brasil.

Além do setor imobiliário e automotivo, o de beleza também tem potencial de crescimento entre a nova classe média. O levantamento do Ibope revela que 75% da classe C está disposta a pagar mais por um produto de maior qualidade que possa melhorar sua aparência. A preocupação com o visual é muito grande para essa fatia da população. "A classe C gosta de parecer jovem e bem sucedida", diz Dora.

A grande expectativa de consumo está intimamente relacionada ao otimismo da nova classe média em relação à economia brasileira. Em 2005, 40% declararam estar melhor do que no ano anterior. Já em 2009, este percentual subiu para 50%. Em relação às perspectivas futuras, o otimismo também aumentou. Em 2005, 74% estavam otimistas com o próximo ano e, no ano passado, este percentual foi a 84%.

Nos próximos anos, a importância da classe C para as empresas só irá aumentar. "Até 2013, as classes AB crescerão 4% ao ano, enquanto as CDE, 8%. A classe C é a protagonista neste momento", afirma Dora.

Quem são

A nova classe média brasileira é predominantemente formada por jovens e afrodescendentes. Nesse universo, a mulher tem um papel mais importante do que nas classes de maior renda: 32% delas são chefes de família. Nos estratos AB, apenas 25% das mulheres chefiam a casa.

Em relação à educação, a maioria possui apenas o ensino médio completo e 23% afirmam falar outro idioma além do português. Do ponto de vista financeiro, ainda há muito espaço a ser conquistado. Dos entrevistados, 39% dizem não saber nada sobre finanças e investimentos e 61% não gostam de tomar dívidas.

Como trunfo, no entanto, a classe C tem algo provavelmente invejado pelas demais: é mais magra. O estudo mostrou que a população da nova classe média tem menos problemas de peso em comparação com os mais ricos, em decorrência da dieta com menos excesso na alimentação, somada a mais mobilidade física. Apenas 27% da classe C (C1 - estrato mais rico da classe C) está acima do peso, contra 31% das classes AB (AB1 - estrato mais rico da classificação). Nada mal, não?

Fonte: Época Negócios

Por Espaço E.D

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