Economia Doméstica

Vídeos

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Renda extra pode salvar orçamento

É possível equilibrar as contas gerando fontes alternativas de renda em vez de simplesmente cortar despesas

17/06/2011

*Fábio Moraes, diretor de educação corporativa da Febraban.

Quantas vezes nos encontramos em frente à nossa planilha de orçamento familiar tentando descobrir como reduzir nossas despesas? Cortar gastos no supermercado? Comprar produtos de menor valor? Sair menos de casa? Passar direto pelas vitrines sem dar uma única olhadinha?

Certamente é sempre louvável e útil perseguir um melhor uso do dinheiro. Com algumas mudanças de comportamento é sempre possível reduzir gastos, muitas vezes sem a necessidade de grandes sacrifícios. Gastos impulsivos normalmente não conseguem proporcionar o bem-estar que se espera e fica aquela sensação de que não valeu à pena sacar o cartão para atender a um impulso efêmero.

Nosso orçamento é basicamente composto por duas colunas: rendas e gastos. Quanto aos gastos, podem ser alterados via mudança de comportamento. Mas e quanto às rendas? É possível mudá-las facilmente ou parece que elas fazem parte do lado constante da nossa equação financeira?

Mudar nossa renda é uma tarefa relativamente simples. O que complica é quando pensamos que apenas mudando de emprego a renda pode ser ampliada. Trocar de emprego é algo complexo e muitas vezes mexe profundamente com a nossa vida e a dos nossos familiares. Mas renda vai além do salário. Cada vez mais, será possível obter novas rendas que passam longe da carteira assinada.

Isso não significa incentivar a informalidade, e sim a busca de fontes alternativas de renda que equilibrem o orçamento e que aflorem em nós competências as quais eram totalmente desconhecidas até então. Como conseguir um aumento de salário depende de vários fatores muitas vezes que não estão sob o nosso controle, obter rendas adicionais normalmente somente depende do nosso esforço e criatividade.

Mas como quase tudo, buscar novas rendas também depende de planejamento. A primeira coisa a fazer é descobrir quais são os nossos talentos e que atividades nos dão prazer e são tratadas simplesmente como hobbies. Tocar violão e cantar para os amigos aos finais de semana pode se transformar numa nova fonte de renda. Fazer deliciosos pratos e convidar a família para almoçar aos domingos também pode representar a forma de equilibrar o orçamento.

Depois que você descobrir em que irá investir seu tempo livre para ganhar dinheiro é preciso definir quanto tempo você poderá reservar para essa atividade, em que dias da semana será realizada e qual o retorno financeiro esperado. Também provavelmente será necessário negociar com a família o uso do tempo que anteriormente era gasto com eles.

A renda extra pode ser um projeto temporário, ligado a algum tipo de projeto que você possui, como a compra de um bem de consumo durável, uma viagem ou algo que seja importante para você. Porém, conheço muitas pessoas que incorporaram as atividades geradoras de renda extra no seu dia a dia e se deram bem com isso. É uma questão de planejamento, foco e consciência sobre os impactos na nossa vida.

Também é possível que essa fonte de renda extra se torne no futuro a nossa renda principal. Isso acontece quando descobrimos que nossa vida profissional está seguindo um rumo inadequado à nossa satisfação pessoal. É importante saber que a diversificação da nossa atuação profissional mostra que possuímos uma versatilidade que deve ser estimulada e trabalhar ao nosso favor: aumentando nossa renda e nossa autonomia, o que permite melhores escolhas e uma vida financeira mais equilibrada. Descubra seus talentos e deixe-os trabalharem para você. E o melhor, ganhe dinheiro com isso.

Fonte: iG_Economia


Por Espaço E.D

Pagar ou não pagar: é uma opção?

A cobrança da taxa de serviço em bares e restaurantes é facultativa. Mas em outros estabelecimentos comerciais, como hotéis e locadoras de carros, não. Nesses casos é considerada prática abusiva.

Em restaurantes e bares, a cobrança de taxa de serviço - os famosos 10% - já é aguardada pelos clientes na hora de pagar a conta. Mas apesar de muitos garçons não informarem, ela é opcional, pois nada mais é que uma gorjeta. Outros estabelecimentos comerciais, como hotéis, pousadas e locadoras de carros, também a cobram, mas sem justificativa, já que o valor do serviço deveria estar incluído na diária. E nesses casos o consumidor não tem a opção de não pagar.

O Idec entende que a cobrança da taxa de 10% por esses tipos de serviço é indevida, e que o consumidor tem direito de solicitar a devolução do valor pago a mais - e injustificadamente -, com atualização monetária e em dobro, como prevê o artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A advogada Maria Elisa Novais, gerente jurídica do Idec, explica que a cobrança da taxa por hotéis e locadoras de veículos não tem embasamento legal e, por isso, não deve existir em nenhuma hipótese. "Não vejo justificativa para que a taxa seja cobrada nesses casos, pois o consumidor já paga o preço estipulado para o serviço ofertado", diz.

Essa prática também pode ser considerada abusiva, porque ao acrescentar os 10%, o prestador de serviço está elevando injustificadamente o preço e exigindo vantagem manifestamente excessiva do consumidor, desrespeitando assim o artigo 39, V, do CDC.

Se acontecer com você

O Idec recomenda que o consumidor que deparar com a cobrança indevida dos 10% tente resolver o problema amigavelmente, solicitando por escrito que a taxa não seja cobrada. Se a questão não for resolvida, deve registrar reclamação no Procon, e em último caso ingressar com ação em um Juizado Especial Cível (JEC).

Aqui se serve, aqui não se paga

Alguns restaurantes self-service também cobram taxa de 10%. Mas não deveriam. Nesses estabelecimentos a prática não se justifica, pois é o próprio cliente que se serve. Se a justificativa for que o garçom leva a bebida até a mesa, vale lembrar que o pagamento da taxa é facultativo.


Fonte: IDEC


Por Espaço E.D

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Desfile de moda une criatividade e consciência ecológica.

Roupas e acessórios feitos com material reciclado estão ganhando destaque e conquistando o público feminino, preocupado com o meio ambiente

Da Redação do pe360graus.com

As peças ecologicamente corretas estão conquistando o público feminino. O que antes ia para o lixo, agora ganha as ruas e as vitrines. Em um desfile promovido pelo Governo do Estado, a consciência ecológica se uniu à criatividade e o resultado do seminário foi bem interessante.

Todos os acessórios foram feitos com material reciclado: os chapéus foram feitos de rede usada para pescar camarão. A bolsa é de palha de seda com couro de peixe. O anel, de garrafa pet. Os lacres de latinhas viraram um cinto exclusivo.

“É para gente pensar em reutilizar esses resíduos sólidos de uma forma interessante, economicamente viável e preservar o meio ambiente”, diz o coordenador do seminário Cristiano Carrilho.

Carla Teixeira é sócia de uma loja na qual os produtos recicláveis têm destaque. As bolsas são feitas com lonas que foram usadas em campanhas publicitárias. Os preços variam de R$ 30, podendo chegar a R$ 100. Mesmo assim, ela afirma que as vendas estão crescendo.

“Tem um valor agregado muito grande. No caso, você tem um produto que é bonito, que é quase exclusivo por causa das estampas, que são diversas, e que você está contribuindo para preservar a natureza”, diz Carla.

O desfile fez parte da programação do Governo do Estado pelo mês do Meio Ambiente. As atividades seguem até o dia 30 de junho.

Fonte: PE360graus

Por Espaço E.D

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Preços: trégua à baixa renda

Publicado em 8 de junho de 2011

Rio Alimentos mais baratos derrubaram a inflação percebida pelo consumidor de baixa renda em maio, na análise do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Ele fez o comentário ao analisar a trajetória do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto de preços entre famílias com ganhos mensais de até 2,5 salários mínimos, e que passou de 0,84% para 0,56% de abril para maio. A inflação do setor de alimentação no indicador desacelerou de 1,20% para 0,08% de abril para maio.

"Temos 20 gêneros alimentícios pesquisados pelo IPC-C1. Destes 20, 12 tiveram recuo de preços" disse, lembrando que as famílias pesquisadas para o IPC-C1 usam cerca de 40% de seu orçamento mensal doméstico na compra de alimentos.

Itens básicos

Entre os exemplos citados pelo economista de queda e de desaceleração de preços no setor de alimentação estão principalmente produtos de cesta básica. É o caso de carne bovina (de 0,47% para -0,41%); carne suína (de 0,55% para -1,59%); ovos (de 5,25% para -0,86%) feijão (de 7,55% para 3,20%); e leite (de 3,31% para 3,15%).

Tendência de baixa

Para o especialista, este movimento de desaceleração do IPC-C1 pode continuar nos próximos meses. Isso porque preços de alimentos de peso no cálculo do indicador ainda acumulam alta expressiva no acumulado do ano de janeiro até maio. "Temos alguma ´gordura´ para queimar acumuladas dos alimentos", disse. É o caso das Hortaliças e legumes (35,34%); de Leite longa vida (7,65%) e de Ovos de galinha (7,85%). "Além disso, no mês de maio tivemos uma concentração de aumentos de preços administrados, que não estarão mais sendo captados nos próximos resultados do IPC-C1 ", acrescentou.


Por Espaço E.D

Série 'Jogando Limpo'



Na semana do Meio Ambiente, o NE TV está apresentando uma série sobre o que geramos como "lixo" pode transformar a vida de outras pessoas, gerar oportunidades e renda.


O primeiro capítulo da série: "É possível reaproveitar o lixo e ganhar dinheiro com ele”

O segundo capítulo da série: “De computadores reaproveitados, nasce a inclusão digital"

Para ler/assistir as reportagens na íntegra, acessem o site do pe360 graus.

1º capítulo

2º capítulo


Por Espaço E.D

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dez filmes para você entender mais sobre meio ambiente


Lydia Cintra 6 de junho de 2011

Cinema é mais do que entretenimento, é também conhecimento. Para marcar a Semana Mundial do Meio Ambiente, apresentamos dez filmes sobre temas relacionados à sustentabilidade. Uma boa forma de comemorar (e fazer a sua parte) é conhecer mais sobre o planeta em que você vive. Lixo, desperdício, consumo, produção de alimentos, água e poluição são alguns dos assuntos que estão nesse TOP 10 do “cinema sustentável”. Se tiver sugestões para incrementar a seleção, não deixe de compartilhar!

1 – A Era da Estupidez [The Age of Stupid]

O filme se passa em 2055 e conta uma história que mistura elementos de ficção, animações ilustrativas e realidade. Em um grande arquivo isolado no Ártico está guardado todo o conhecimento produzido pela humanidade. O arquivista que conduz a narrativa do filme, interpretado por Pete Postlethwaite, questiona nossa capacidade de ação. Nos dias de hoje, a trama mostra histórias paralelas – e reais – sobre a indústria de combustíveis fósseis, desperdício, pobreza, crianças que convivem com as guerras no Oriente Médio e derretimento de geleiras.

Uma citação do filme: “Muitas ideias tentaram conquistar o mundo, mas só uma prosperou: o consumismo. Três mil propagandas nos bombardeiam diariamente dizendo que seremos mais felizes, mais atraentes.” [Dirigido por Franny Armstrong. 2009]


2 – A Enseada [The Cove]

Premiado em vários festivais de cinema pelo mundo e vencedor do Oscar 2010 como Melhor Documentário, o filme denuncia a matança de golfinhos na costa do Japão com imagens e dados que chocam. A maior parte é filmada na cidade de Taiji, onde a equipe enfrenta todos os tipos de perseguições e proibições para fazer imagens e coletar informações sobre o assunto. A estimativa é que 23 mil animais são mortos por ano no país. As autoridades japonesas sugerem que os golfinhos (que comem peixes) são responsáveis pelo declínio da pesca mundial e, portanto, a caça “é controle de pragas”.

Uma citação do filme: “O sorriso de um golfinho é a maior enganação da natureza. Cria a ilusão de que estão sempre felizes. Você tem que vê-los na natureza para compreender porque o cativeiro não funciona.” [Dirigido por Louie Psihoyos e Fisher Stevens. 2009]


3 – Alimentos S.A [Food, Inc.]

“O tomate não é mais um tomate, é um conceito de tomate.” Essa é uma das muitas passagens do filme Food, Inc que tenta desconstruir a imagem que temos (ou que não temos) sobre os alimentos que consumimos. A cadeia de produção, as viagens que os alimentos fazem ao redor do mundo até chegar ao prato dos consumidores, as patentes de sementes, os alimentos transgênicos, o sistema alimentar industrial, as condições de trabalho nas fábricas e os mecanismos da indústria e de preços são alguns dos assuntos abordados no filme.

Uma citação do filme: “Queremos pagar o mínimo possível pelos nossos alimentos, mas não entendemos que isso tem um custo. (…) Comer bem ficou mais caro que comer mal. São necessárias políticas para que a cenoura fique mais barata que as batatas fritas.” [Dirigido por Robert Kenner]


4 – Wall-E


Ruídos eletrônicos são a principal linguagem dos personagens robôs dessa animação que quase não têm diálogos convencionais. Depois que a Terra ficou inabitável, os seres humanos passaram a viver em uma nave espacial e deixaram robôs fazendo o serviço de limpeza na Terra. Wall-E funciona com energia solar e tem como função principal recolher e compactar lixo. De forma lúdica, traz à tona a problemática da geração de resíduos em todos os cantos do planeta – e será que um dia, com tanto lixo, seres humanos não conseguirão mais viver aqui? O filme ganhou o Oscar 2009 como Melhor Animação.

Uma citação do filme: “O número de toxinas encontradas tornou a vida na Terra impossível de se sustentar”. [Dirigido por Andrew Stanton. 2008]


5 – A História das Coisas [The Story of Stuff]

A História das Coisas já foi visto por mais de 7 milhões de pessoas, em 200 países. O projeto é resultado de mais de 10 anos de pesquisa sobre sistemas de produção de bens de consumo feita pela ativista ambiental Annie Leonard. Ela viajou por cerca de 40 países para entender a nossa lógica de consumo, que vai desde a extração de matérias-primas até o descarte. Annie se disse motivada a entender “um sistema baseado na destruição dos recursos naturais e na geração de lixo” e, no vídeo, passa as informações de forma bastante didática. A História das Coisas dura pouco mais de 20 minutos e está disponível na internet.

Uma citação do filme: “Estamos estragando este lugar tão rapidamente, que estamos deteriorando a própria capacidade do planeta de ter gente morando aqui.”


6 – Lixo Extraordinário


O trabalho de Vik Muniz, artista plástico brasileiro que vive nos EUA, chegou a Jardim Gramacho, um dos maiores aterros de lixo do mundo, localizado no Rio de Janeiro. A ideia era conhecer a realidade em que viviam os catadores do lugar e mostrar como o elemento básico com o qual trabalham todos os dias – o lixo – pode se transformar em arte. O interessante do projeto é que a renda acumulada com a venda de obras produzidas no local foi revertida para a própria comunidade de catadores, o que mudou a vida de muita gente. O filme expõe os impactos sociais e ambientais dos desperdícios gerados diariamente em toda a sociedade. Foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2010.

Uma citação do filme: “É tanto excesso que a coisa se transforma até em arte.” [Dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley]


7 – Flow


Vencedor de diversos prêmios, Flow foi apresentado na ONU como parte do 60º Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. O filme mostra todos os problemas originados na sociedade a partir da perspectiva do consumo de água, elemento básico para a vida humana. O documentário deixa claro que o problema de abastecimento e a lógica desse mercado não são problemas distantes: estão acontecendo agora em todo o mundo. A pergunta que o filme não cala é: Quem é o dono da água? Quem tem poder sobre ela?

Uma citação do filme: “Água é um recurso natural, é um recurso comum. Não é uma propriedade.” [Dirigido por Irena Salina, 2008]


8 – Mataram Irmã Dorothy

O documentário, lançado em 2007, é mais do que atual. Mostra o desafio de se colocar em prática projetos de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia. Como pano de fundo, é explorada a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang, que escolheu viver no Pará para ajudar a colocar em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) na região. Criado em 1999, ele divide terras públicas ou desapropriadas em lotes destinados a comunidades e incentiva a produção auto-sustentável. Um dos objetivos é dar condições de trabalho e moradia às famílias, sem que, para isso, seja necessário o estímulo ao uso inconsequente da terra.

Uma citação do filme: “Como podemos chamar a atenção para o que está acontecendo, para que as pessoas tenham a chance de viver e aproveitar as belezas da magnitude da floresta?” [Dirigido por Daniel Junge]


9 – Home

O documentário é inteiro filmado “de cima”. As impagáveis vistas aéreas dialogam com os mais variados assuntos relacionados ao “lar” onde vivemos: a evolução dos seres humanos na escala de tempo geológica, a industrialização, a agricultura (citada no filme como a nossa primeira grande revolução), a descoberta do petróleo, as extrações de minerais, a troca de produtos entre países, os hábitos de consumo criados ao longo do tempo e os impactos que estamos vivendo com tudo isso. É um resumo da civilização humana que reúne informações como a de que, desde 1950, alteramos mais a terra do que em 200 mil anos da nossa história. O documentário foi lançado em 2009.

Uma citação do filme: “O nosso ecossistema não tem fronteiras. Onde quer que estejamos, as nossas ações terão repercussões.” [Dirigido por Yann Arthus-Bertrand]


10 – Uma Verdade Inconveniente



O documentário idealizado pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore fez tanto sucesso que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2007. Muito embora alguns cientistas discordem sobre as reais causas do aquecimento global, o filme traz uma análise da atual situação do clima na Terra com números importantes e algumas constatações “inconvenientes”. Al Gore propõe um olhar mais preocupado ao que está acontecendo em relação às mudanças climáticas.

Uma citação do fime: “Nossa habilidade para viver no planeta Terra para ter um futuro como civilização é um problema moral.” [Dirigido por Davis Guggenheim]


Fonte: Super Interessante Blogs


Por: Espaço E.D.






domingo, 5 de junho de 2011

Nota do WWF-Brasil sobre o Dia do Meio Ambiente

A legislação ambiental e os recursos naturais brasileiros estão sob novo ataque, mais uma vez protagonizado por setores que colocam seus interesses à frente do desenvolvimento sustentável do país.
O cenário é de desmatamento e violência em alta, megaobras que ameaçam a biodiversidade e culturas tradicionais e política na contramão de um planeta que enfrenta as mudanças do clima.

Por tudo isso, este Dia Mundial do Meio Ambiente é o momento de renovar o engajamento e a luta contra modelos ultrapassados de desenvolvimento e retrocessos que custarão caro ao futuro do Brasil. É tempo de ação.

Demonstre sua contrariedade com os rumos da política nacional pendurando tecidos pretos nas janelas e sacadas, carregue bandeiras, amarre faixas em seu braço. Proteste e aja pela conservação, recuperação e bom uso de nossas riquezas naturais.

Uma das maiores ameaças de retrocesso é o Projeto de Lei 1876/1999, a proposta ruralista para reformas do Código Florestal. Entidades civis ligadas ao movimento SOS Florestas se debruçaram sobre o relatório do deputado Aldo Rebelo (SP) e concluíram que o projeto de reforma representa grave ameaça às florestas e a própria agropecuária brasileiras.

O Código Florestal em vigor é uma Lei do Futuro, na medida em que protege a produção agrícola, as fontes de água e a megadiversidade brasileira por meio dos serviços ecológicos prestados pelas áreas de proteção permanente (APPs) e pelas reservas legais (RL).

A proposta aprovada na Câmara dos Deputados em 24 de maio e agora em análise pelo Senado Federal incentiva o desmatamento em todo o país, dribla a necessária recuperação de áreas degradadas, anistia desmatadores ilegais, retira a proteção de manguezais, veredas e outras áreas protegidas, reduz a proteção de rios, córregos e outros cursos d?água e reduz a necessidade de florestas em propriedades rurais na Amazônia.

Também repassa a estados e municípios o direito de autorizar desmates, não incorpora novos instrumentos de promoção à recuperação e conservação ambiental, prejudica metas nacionais de proteção da biodiversidade e de redução de emissões e, ainda, ameaça as exportações para mercados globalizados e cada vez mais exigentes de itens produzidos com sustentabilidade.

Antes de alcançar o escaninho da Presidência da República, onde a legislação poderá ser total ou parcialmente vetada, há chances de que receba melhorias no Senado, onde Jorge Viana (PT/AC) será o relator do texto na Comissão de Meio Ambiente. O projeto será relatado nas comissões de Agricultura e de Constituição e Justiça pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

Comunidade científica, produtores rurais de todos os portes, sociedade civil e entidades ambientalistas têm exposto claramente sua contrariedade ao texto ruralista e propõem debates ampliados e democráticos sobre as necessárias melhorias no Código Florestal. Alterar a legislação sem a devida cautela põe em jogo a sustentabilidade de setores estratégicos para o país.

Além disso, as alterações na lei dedicada a garantir um bom uso das florestas têm total interdependência com outros avanços que o Brasil tem registrado nos últimos anos, como ampliação da área protegida em unidades de conservação, redução das taxas anuais de desmatamento, manutenção de uma matriz energética renovável e o encaminhamento de políticas voltadas ao pagamento por serviços ambientais.


Fonte: O Globo


Por Espaço E.D